quarta-feira, 9 de março de 2011

AUTO CONFIANÇA


"Cada um de nós tem o seu próprio poder. Desenvolver nossos

talentos e nossa potencialidade nos mostra a capacidade humana de

superação"

A autoconfiança, ao contrário do que muitos pensam, não é ser maior

ou melhor do que as outras pessoas. Não tem nada a ver com arrogância

ou superioridade. É saber que cada um de nós tem um núcleo de força

interior que nos permite enfrentar situações difíceis e nos torna

aptos a viver. Autoconfiança é tomar posse de si mesmo,

independentemente de nossas qualidades ou defeitos. É tomar

consciência de nossa singularidade, de nossa individualidade, do

nosso querer, da nossa vida. A autoconfiança se desenvolve a partir

do nosso crescimento. Cada um de nós tem o seu próprio poder.

Desenvolver nossos talentos, nossa potencialidade, além de nos fazer

felizes, nos mostra a capacidade humana de superação. Do ponto de

vista cultural, fomos minados na nossa autoconfiança desde cedo. As

críticas constantes, a ênfase em nossos pontos fracos nos tornaram

pessoas frágeis, medrosas e tendentes à sensação de fracasso. Nós nos

sentimos de acordo com o que pensamos de nós mesmos. O diálogo

interno de autocensura, de muita exigência nos torna tímidos,

recuados diante da vida e propensos à tristeza quando o mundo não nos

atende da maneira que gostaríamos ou quando as dificuldades da vida

aparecem. Não são poucas as pessoas que falam mal de si próprias:



- Não vou dar conta, sou muito fraco, não tenho força de vontade,

tenho um gênio difícil, não consigo nada que quero.



A autoconfiança é como uma bateria para o carro. Quando está bem

carregada, o carro funciona bem. Quando está com pouca carga, o carro

engasga ou não funciona direito. De que maneira podemos carregar ou

descarregar a nossa bateria vital, nosso entusiasmo? Há alguns

mecanismos que corroem nossa autoconfiança. O primeiro deles é nossa

constante frustração. Idealizamos o mundo e as pessoas. Enchemos

nossa cabeça com um monte de "deverias" e nos irritamos quando as

pessoas, nós e as coisas não são como deveriam ser. A culpa constante

por nossos erros, a sensação de ofendidos, magoados, humilhados e

incompreendidos é a conseqüência do nosso perfeccionismo. Outro

mecanismo, conseqüência do primeiro, é a autopiedade. Quantas vezes

sentimos pena de nós mesmos. A autopiedade é o poder dos indefesos. É

um mecanismo que, além de culpar os outros, descarrega nossa força

vital e nos faz desanimados e, em grau mais intenso, deprimidos. A

postura da vítima, sempre se queixando do mundo, o pessimismo de quem

só vê o lado escuro dos fatos, para quem nada está bom, é

característica das pessoas que, ao se sentirem fracas, querem se

compensar apontando as falhas do mundo. Outro ladrão da autoconfiança

é a indecisão crônica. O medo de errar nos paralisa e nos impede de

arriscar. Muitos de nós temos apenas um critério de funcionamento: o

certo e o errado.



Estamos na vida para viver ou para não errar? O erro é a saída fora

de um padrão determinado. Nunca será possível passarmos nossa vida

sem cometer erros. Aprender com os erros é muito mais saudável do que

nos esforçarmos para jamais errar. O medo da crítica, querer agradar

sempre, a necessidade de aprovação nos oprime e nos leva à indecisão.

A comparação com as outras pessoas é outra forma de perdermos nossa

autoconfiança. Sempre haverá pessoas melhores e piores do que nós.

Não estamos no mundo para sermos mais ou menos do que alguém, mas

para sermos cada vez melhores do que somos. Desenvolver e cuidar da

nossa alegria, aceitar o fato de sermos únicos, perdoar-se

constantemente pelas falhas, ter um desejo genuíno de melhorar a cada

dia, aumentar a capacidade de se amar e amar os outros é o único

caminho de conexão com nosso poder interior, nossa autoconfiança.

Todos podemos desabrochar aquilo que somos.



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